Blablablá: filmes twittados, vídeos, preconceito musical e Simonal

1. Nosso Twitter tem sido atualizado constantemente e hoje ultrapassamos a marca de 100 seguidores. Ê! Viva pra gente! E obrigado a todos, claro. Separei abaixo uma amostra do que andamos escrevendo por lá: são comentários em 140 toques sobre os últimos filmes a que assisti. Se você não tem conta no Twitter, dá para nos acompanhar também através deste link.

– ANJOS E DEMÔNIOS: Basicamente, é um filme de desarmar bomba. E é a melhor desculpa para uso de coro gregoriano em trilha de suspense. 4/10

– COLAPSO NO ÁRTICO (THE LAST WINTER): Terror psicológico que mistura FIM DOS TEMPOS com O NEVOEIRO. E ainda tem algo de THE THING. Foda. 8/10



– O INVISÍVEL: É o melhor filme que o David Goyer conseguiu dirigir até hoje (o que não é grande coisa). Original melhor, mas nem tanto. 6/10

– SONHANDO ACORDADO (THE GOOD NIGHT): Mistura estranha das sensibilidades de Woody Allen e Michel Gondry, mas em meia dose cada um. 6/10

– JUSTIÇA A QUALQUER PREÇO (THE FLOCK): Segue fórmula de filme de serial killer, bem convencional. Só não entendi as cores saturadas. 5/10

– Ah, e THE FLOCK é do Andrew Lau, que dirigiu INFERNAL AFFAIRS. What the fuck!?

– SONHANDO ALTO (THE ASTRONAUT FARMER): Soa como drama familiar da Disney, com mensagem otimista, história de superação etc. Simpático. 6/10

– TENACIOUS D – UMA DUPLA INFERNAL: Bobagem divertida com Jack Black. A parte musical é ótima. O humor de latrina é que estraga. 5/10

– SPECIAL: Um dos filmes de super-herói mais inteligentes que já vi. E se Homem-Aranha for só um cara sob efeito de remédio tarja preta? 8/10

– SOUTHLAND TALES: Ideias visuais geniais tentam se encontrar num labirinto de temas comentados sem muito critério. Mas impressiona bem. 7/10

– VIVENDO E APRENDENDO (SMART PEOPLE): Indie americano aborrecido sobre gente chata. Leiam a resenha da Mariana. http://tinyurl.com/r7vghu

– ROMAN POLANSKI: WANTED AND DESIRED: Maior mérito desse doc/reportagem é como cenas de filmes e arquivo ilustram a reconstrução do caso. 7/10

2. Estamos planejando cuidadosamente a adição de conteúdo em vídeo aqui no cinematório. O resultado da enquete sobre o interesse de vocês foi bastante positivo – e isso sem dizermos o que é exatamente esse conteúdo. Não, não tem nada a ver com videocast ou programa de TV. Aguardem.

3. Com a elaboração dos vídeos, é claro que o podcast fica em segundo plano. Não descarto voltarmos a ele, mas acho melhor não dar previsão, porque, além de eu poder estar fazendo uma promessa que talvez não possa cumprir (mais incerteza que isso impossível, não?), acabo ficando ansioso e corro o risco de fazer as coisas às pressas. Portanto, ao leitor Caio e a todos que se mostraram a favor da manutenção do podcast, digo que ele não foi para o beleléu. Está na geladeira, digamos.

4. Um amigo da imprensa me disse que, ao entrevistar Helena Solberg, diretora do documentário “Palavra (En)cantada”, a cineasta teria se recusado a responder sobre a omissão do rock em seu filme, que explora a influência da literatura na música brasileira. Como eu mencionei na crítica, “Palavra” privilegia a MPB e seus derivados e ignora por completo artistas como Renato Russo, Raul Seixas, Herbert Vianna e outros que fazem música realmente popular hoje em dia (sem falar nos autores da música brega, como bem lembrou Adilson Marcelino). Para piorar, Helena ainda teria dito que “o tempo do filme era curto” para englobar outros nomes da nossa música. Francamente.

5. Para terminar, já adianto minha recomendação para que assistam ao documentário “Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Eu Dei” – sem dúvidas, a grande estreia do próximo fim de semana. Deixem para ver “Anjos e Demônios” na quarta-feira, quando o ingresso é mais barato e corresponde ao custo/benefício do filme. “Simonal” é a melhor produção nacional lançada em 2009 até o momento.