O 44º Festival de Gramado foi o primeiro a que eu fui e a ocasião foi ainda mais especial por eu ter sido convidado a compor o Júri da Crítica, organizado pela Accirs (Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul).Estavam ao meu lado os colegas (e agora amigos) Leonardo Bomfim (presidente) e Conrado Heoli, ambos filiados à Accirs, e ainda Antonella Estevez (Chile) e Fernando Brenner (Argentina).

FESTIVAL DE GRAMADO: Os prêmios da crítica

O Silêncio do Céu (2016)
Carolina Dieckmann em cena de “O Silêncio do Céu”.

O 44º Festival de Gramado foi o primeiro que de que eu pude participar e a ocasião foi ainda mais especial por eu ter sido convidado a compor o Júri da Crítica, organizado pela Accirs (Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul).

Estavam ao meu lado Leonardo Bomfim (presidente) e Conrado Heoli, ambos filiados à Accirs, e ainda Antonella Estevez (Chile) e Fernando Brenner (Argentina).



Como é tradição de todo júri da crítica, nós deliberamos e redigimos juntos a justificativa para a escolha de cada prêmio que nos coube entregar. Os textos seguem abaixo.

Posteriormente, eu voltarei ao tópico do Festival de Gramado para fazer um balanço dessa minha primeira experiência e comentar os filmes assistidos.

Melhor Curta-Metragem Brasileiro

Gostaríamos de fazer uma menção honrosa ao curta “Rosinha”, de Gui Campos, por “visibilizar”, como dizem nossos companheiros de Argentina e Chile no júri, outros amores em vários sentidos.

Por sua capacidade e ousadia de usar recursos estéticos e narrativos que traduzem tão bem uma ideia de cinema que normalmente não vemos no Festival de Gramado, e assim tirando da invisibilidade um drama tragicamente comum na realidade brasileira, este júri dá o prêmio da crítica de melhor curta-metragem a “Lúcida”, de Caroline Neves e Fábio Rodrigo.

Melhor Longa-Metragem Brasileiro

Pela maturidade com que aborda um assunto tão polêmico e complexo como a relação entre o medo e a violência e pelo domínio da linguagem e da narrativa cinematográficas, que se traduz em um raro e eficaz exemplar do cinema de gênero na produção brasileira, este júri dá o prêmio da crítica de melhor longa-metragem brasileiro a “O Silêncio do Céu”, de Marco Dutra.

Melhor Longa-Metragem Estrangeiro

Gostaríamos de fazer uma menção honrosa a “Guaraní”, de Luís Zorraquín, por se destacar com sua ternura, diálogo ente gerações e valoração às identidades de origem.

Por sua mescla de imagens de naturezas distintas e sua audácia no uso dos recursos narrativos para tratar com sensibilidade a inconstância da condição humana e de uma relação amorosa, este júri dá o prêmio da crítica de melhor longa-metragem estrangeiro a “Sin Norte”, de Fernando Lavanderos.