Contraponto cearense

“Na verdade, minha carreira tem sido assim, um tanto solitária, tanto para fazer meus filmes quanto para divulgá-los. O único momento em que disponho de uma equipe é quando estou no set.”

“Se eu fosse ator, cearense, e fosse fazer um teste em Hollywood, será que teria a mesma repercursão? Claro que não. Muita gente usa isso como promoção, e na maioria das vezes não dá em nada. Às vezes até duvido se realmente fizeram teste, ou é só uma forma de criar assunto para estar na mídia, sem conteúdo. No bom ‘cearensês’, tentando fazer enxame.”



“Se eu disser que sou cearense, e que dirigi um filme em Hollywood, no mínimo criam-se três expectativas: será que é verdade? Será que é algo bem feito? Como é que pode? Por muito, muito, muito menos, já vi muita gente ocupando grandes espaços na mídia nacional.”

“Posso afirmar mais que tudo, que não se faz cinema senão de forma coletiva. Não existe esta possibilidade diante da grandeza e das infindáveis variáveis que envolvem a realização de um filme. Fazemos concessões até a nós mesmos, diretores.”

As frases acima são de Halder Gomes, cineasta nascido em Fortaleza e famoso pelos curtas “Cine Holiúdy – O Astista Contra o Caba do Mal” (foto acima) e “Loucos de Futebol”, que lançou esta semana seu primeiro filme internacional. Mas você não verá propagandas, spots de TV ou mesmo Halder sendo entrevistado pelos grandes jornais. Isto porque “The Morgue”, thriller sobrenatural com Heather Donahue e Bill Cobbs no elenco, está saindo direto em DVD nas locadoras. E a distribuidora sequer informa que se trata de um filme dirigido por um brasileiro.

Leia a entrevista que fiz com Halder no Cinema em Cena. Um desabafo em tanto.