Com Costa-Gavras e Silvio Tendler, Mostra Ecofalante chega à 10ª edição

Até o dia 14 de setembro, acontece a 10ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, com acesso gratuito para todo o país. A programação deste importante evento audiovisual dedicado às temáticas socioambientais traz 101 títulos de 40 países, 30 deles inéditos no Brasil.

Entre os filmes brasileiros selecionados, um dos destaques é a pré-estreia mundial de “A Bolsa ou a Vida”, mais recente trabalho do consagrado diretor Silvio Tendler (“Jango”, “Utopia e Bárbare”). O longa propõe refletir sobre o tema: “O que virá depois da pandemia?” O cineasta conversou com personalidades como o filósofo e ambientalista Ailton Krenak, o padre Júlio Lancelotti, o cineasta Ken Loach, a drag queen e professora Rita von Hunty, entre outros.

Já entre os filmes estrangeiros, estão os aguardados “Jogo do Poder”, do veterano e premiado diretor grego Costa-Gavras (“Z”, “Desaparecido: Um Grande Mistério”); “A História do Plástico”, documentário que expõe a “verdade inconveniente” por trás da poluição causada pelo plástico em todo o mundo; e ainda “Solo Fértil”, narrado pelo ator e ativista ambiental Woody Harrelson (“Assassinos por Natureza”), que fala sobre um grupo de ativistas, cientistas, agricultores, políticos e artistas que se unem em um movimento global chamado “Agricultura Regenerativa”. Outro destaque é o premiado documentário “O Novo Evangelho”, que imagina o que Jesus pregaria no século 21, com uma nova encenação da crucificação de Cristo.



 

A Ecofalante ainda traz o Programa Especial “Territórios Urbanos: Segregação, Violência e Resistência”, que apresenta uma seleção de importantes filmes brasileiros que tratam da realidade urbana do país, realizados nas últimas duas décadas por cineastas como Maria Augusta Ramos (“Futuro Junho”), João Moreira Salles (“No Intenso Agora”), Eliane Caffé (“Era o Hotel Cambridge”), Gabriel Mascaro (“Boi Neon”), entre outros.

Também vale ressaltar a presença de produções recentes sobre desastres nucleares, como os de Chernobyl e Fukushima, além de obras africanas vindas do Quênia, Angola e Madagascar.

Reforçando, a 10ª Mostra Ecofalante de Cinema acontece gratuitamente até 14 de setembro, no site ecofalante.org.br. Também serão realizados debates virtuais ao vivo, com transmissão pelo canal da Ecofalante no YouTube.

Conheça um pouco mais dos filmes em destaque na programação:

PRÉ-ESTREIA ESPECIAL

“A Bolsa ou a Vida” (Brasil-RJ, 2021, 102 min) – Silvio Tendler

No futuro pós-pandemia da covid-19, a centralidade será o cassino financeiro e acumulação de riqueza por uma elite ou uma vida de qualidade para todos, com menos desigualdade? O Estado mínimo se mostrou capaz de atender ao coletivo? Como garantir a vida sem direitos sociais e trabalhistas? Em qual modelo de sociedade queremos viver? O filme aborda o desmonte do conceito de bem-estar social e nos faz refletir sobre a incompatibilidade do neoliberalismo com um projeto humanista de sociedade. São entrevistados, entre outros, o escritor Ailton Krenak, o padre Júlio Lancelotti, o cineasta Ken Loach, e a drag queen e professora Rita von Hunty.

“A História do Plástico (“The Story of Plastic”, EUA/Índia/Bélgica/China/Indonésia/Filipinas, 2019, 95 min) – Deia Schlosberg

O filme expõe a “verdade inconveniente” por trás da poluição do plástico, material onipresente em nossas vidas. A obra traça a rota do plástico que nos leva até a atual crise global de poluição e revela como a indústria de petróleo e gás manipulou com sucesso a narrativa em torno dela. Vencedor do prêmio do público no Festival de Mill Valley; prêmio especial do júri e prêmio do público no Festival de Napa Valley; John de Graaf Environmental Filmmaking no Festival Wild & Scenic; selecionado para os festivais DOC NYC, CPH:DOX, Sheffield Doc, Cinemambiente e SEFF – Seoul Eco Film Festival.

PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO

ATIVISMO

“Arica” (“Arica”, Suécia/Chile/Bélgica/Noruega/Reino Unido, 2020, 97 min) – Lars Edman e William Johansson Kalén

Uma mineradora sueca exporta 20 mil toneladas de lixo tóxico para a cidade chilena de Arica, no norte do deserto de Atacama. Milhares de pessoas adoecem, muitas morrem de câncer. O filme documenta um processo inédito de responsabilidade corporativa que começa depois de um cineasta sueco nascido no Chile expor o escândalo em um primeiro documentário. Filmado ao longo de 15 anos, a obra revela como as decisões tomadas décadas atrás na Europa continuam afetando as pessoas na América do Sul. Selecionado para o IDFA-Amsterdã.

“Ativistas Animais” (“The Animal People”, EUA, 2019, 97 min) – Denis Henry Hennelly e Casey Suchan

Filmado ao longo de 15 anos, conta a história da perseguição implacável do governo norte-americano a um grupo de ativistas que luta contra a crueldade animal. O filme retrata como os jovens foram alçados de ativistas radicais que se apoiam na primeira emenda à Constituição do país – a liberdade de expressão –, a terroristas domésticos. Produção executiva do ator vencedor do Oscar e ativista vegano Joaquin Phoenix. Selecionado para o Suncine – Festival de Cinema e Meio Ambiente de Barcelona.

“Dope is Death: A Outra Luta das Panteras Negras” (“Dope is Death”, EUA, 2020, 79 min) – Mia Donovan

A história de como o Dr. Mutulu Shakur (padrasto do rapper Tupac Shakur, assassinado em 1996), junto com seus companheiros dos Panteras Negras e os Jovens Lordes, combinaram saúde comunitária com política radical para criar o primeiro programa de desintoxicação por acupuntura nos Estados Unidos em 1973. Visionário, o projeto logo considerado perigoso demais pelo governo norte-americano. Selecionado para os festivais IDFA-Amsterdã, HotDocs, CPH:DOX e Dokufest.

“Softie” (“Softie”, Quênia, 2020, 96 min) – Sam Soko

Softie, como é apelidado Boniface, é um jovem fotógrafo queniano famoso por retratar a violência política de seu país natal. Inconformado com o descaso e abandono que vê ao seu redor, decide concorrer às eleições regionais. Ao lutar por manter a sua campanha “limpa” e sua família segura, percebe que a política é o único caminho para se alcançar a justiça socioambiental, é também um jogo muito sujo e perigoso. Vencedor do prêmio de melhor montagem no Festival de Sundance; selecionado para os festivais de HotDocs e CPH:DOX.

BIODIVERSIDADE

“As Borboletas de Arabuko” (“The Flying Gold of Arabuko”, Reino Unido, 2020, 10 min) – John Davies

Sobre o ofício de caçadores e criadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África Oriental. Contado da perspectiva de um criador de borboletas e ex-caçador furtivo, o filme questiona se algo tão pequeno como uma borboleta poderia salvar um ecossistema inteiro. Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no Independent Shorts Awards e de  menção especial do júri no Festival Innsbruck Nature.

“Baleias Enredadas” (“Entangled”, EUA, 2020, 75 min) – David Abel

Sobre os esforços para proteger da extinção as baleias francas do Atlântico Norte, os impactos desses esforços na indústria da lagosta e como o Serviço Nacional de Pesca Marinha tem lutado para equilibrar os interesses rivais. Vencedor do Prêmio Jackson Wild Media (considerado como o “Oscar” do cinema de natureza), na categoria de melhor filme não-televisivo.

“Era Uma Vez Um Lago” (“Where We Used To Swim”, Alemanha, 2019, 8 min) – Daniel Asadi Faezi

O Lago Urmia, no norte do Irã, já foi o maior lago do Oriente Médio, mas sua má gestão trouxe uma seca devastadora que transformou boa parte dele em terra estéril e coberta de sal. Sob a forma de ensaio cinematográfico, o filme utiliza fragmentos de identidade e memória, partindo do presente para revisitar o passado e erguer um monumento ao quase extinto Lago Urmia. Vencedor de menção honrosa no Festival de Innsbruck.

“O Salmão Vermelho” (“Sockeye Salmon, Red Fish”, Rússia, 2020, 51 min) – Dmitriy Shpilenok e Vladislav Grishin

O Santuário do Sul de Kamchatka é o paraíso do salmão vermelho, espécie selvagem que habita a península de Kamchatka, região no extremo oriente da Rússia. A reserva, que abriga uma população de ursos marrons e atrai milhares de turistas todo ano, é um raro exemplo de equilíbrio entre a flora e a fauna. O documentário, elogiado por sua fotografia primorosa, foi filmado ao longo de anos e testemunhou os esforços da comunidade para conscientizar a população local e frear a caça furtiva, que ameaçava o salmão vermelho e assim, toda a biodiversidade que ele ajuda a sustentar. Vencedor do grand prix do Festival Ekofilm.

“O Tempo das Florestas” (“Le Temps des Forêts”, França, 2018, 104 min) – François-Xavier Drouet

Símbolo da natureza e da preservação, as florestas enfrentam uma fase de industrialização sem precedentes. A pesada mecanização, as monoculturas, os fertilizantes e os pesticidas se multiplicam no ritmo acelerado do modelo da agricultura intensiva. Ao mesmo tempo, a transmissão de conhecimento dos silvicultores se perde. Nessa jornada ao coração da indústria florestal e suas alternativas, o filme mostra como as escolhas de hoje definirão a paisagem de amanhã. Vencedor do prêmio SRG SSR na Semana da Crítica do Festival de Locarno e do Prêmio Independente no Festival de Trento

“Res Creata” (“Res Creata – Humans and Other Animals”, Itália, 2019, 80 min) – Alessandro Cattaneo

Sobre a relação milenar – ora conflituosa, ora harmoniosa – entre os seres humanos e os animais. Trata-se de uma relação onde a curiosidade, o amor e o deslumbramento muitas vezes se entrelaçam com a exploração, a objetificação e a necessidade. Ensaio visual ao mesmo tempo intimista e filosófico, o filme procura jogar luz sobre o que nos conecta e sugere que se conseguirmos mudar o modo como pensamos sobre os animais, o ecossistema inteiro se beneficiará. Selecionado para o Festival de Innsbruck, Cracóvia, Visions du Rèel e Hot Docs.

“Solo Fértil” (“Kiss The Ground”, EUA, 2020, 85 min) – Josh Tickell e Rebecca Harrell Tickell

Narrado pelo ator e ativista ambiental Woody Harrelson, o filme aborda um grupo revolucionário de ativistas, cientistas, agricultores e políticos que se unem em um movimento global chamado “Agricultura Regenerativa”. Trata-se de uma técnica de plantio cujo objetivo é equilibrar o clima, reabastecer o vasto suprimento de água e alimentar o mundo. Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival Doc LA (Los Angeles); melhor documentário interativo no Festival Lonely Wolf (Londres).

CIDADES

“A Nossa Terra, o Nosso Altar” (“A Nossa Terra, o Nosso Altar”, Portugal, 2020, 77 min) – André Guiomar

Documentário intimista e observacional, o filme testemunha as últimas rotinas no cotidiano do bairro social do Aleixo (na cidade do Porto, Portugal), marcadas pela tensão de um fim anunciado. Entre a queda da primeira e da última torre, o processo de demolição arrasta-se durante anos, deixando as vidas dos moradores em suspenso, num misto de resignação e inconformidade. Vencedor do Prêmio ZIFF Youth Award no Festival de Documentários e Curtas-Metragens de Bilbao; Melhor Diretor Emergente na competição internacional do Festival Porto/Post/Doc.

“A Leste de Finfinnee” (“Rift Finfinnee”, Alemanha/Etiópia, 2020, 79 min) – Daniel Kötter

Uma viagem pela periferia de Adis Abeba, capital da Etiópia. Em planos de paisagens e arquitectura rigorosamente enquadrados e com uma trilha sonora que entrelaça as conversas originais de forma complexa, o filme percorre o desfiladeiro do rio Akaki, analisando o fosso mais do que simbólico entre o urbano e rural. A obra toma a geografia concreta, a arquitetura e a vida cotidiana de trabalhadores agrícolas e da construção civil no leste de Adis Abeba (“Finfinnee”, em oromo) como ponto de partida para uma narrativa alegórica sobre a urbanização de uma sociedade africana à beira da guerra civil. Vencedor do Prêmio DEFA no Festival DOK Leipzig; selecionado para os festivais Doclisboa e Hot Docs.

“Ar Condicionado” (“Ar Condicionado”, Angola, 2020, 72 min) – Fradique

Quando aparelhos de ar condicionado começam a cair misteriosamente dos apartamentos na cidade de Luanda, capital da Angola, um vigia e uma empregada doméstica têm a missão de recuperar o aparelho do chefe. O filme mistura realismo mágico e crítica social em uma narrativa sobre como vivemos em conjunto nas esperanças verticais, no coração de uma cidade que é passado-presente-futuro. Vencedor do prêmio de melhor filme no Festival de Innsbruck; selecionado para o Festival de Roterdã.

“Formas Concretas de Resistência” (“Concrete Forms of Resistance”, Reino Unido/Líbano, 2019, 25 min) – Nick Jordan

“Trípoli teve sorte de ter esse projeto no coração da cidade, mas o projeto teve o azar de ser em Trípoli”. Com essa frase, o filme dita o tom melancólico de sua análise sobre a concepção e o uso do projeto arquitetônico do brasileiro Oscar Niemeyer (1907-2012) para a Feira Internacional Permanente que seria sediada na cidade de Trípoli, no Líbano. A guerra colocou um fim nesse grande projeto e tornou o espaço inviável – um estorvo no meio da cidade. Selecionado para o Festival de Sheffield e Festival de Curtas-Metragens de Londres.

“Injustiça Climática” (“Cooked: Survival by Zip Code”, EUA, 2018, 82 min) – Judith Helfand

Chicago sofreu a pior onda de calor da história dos Estados Unidos em 1995, quando 739 pessoas – a maioria idosos e negros – morreram no espaço de uma semana. Enquanto o filme vincula a devastação do desastre natural ao desastre do racismo estrutural, também investiga uma das indústrias de maior crescimento das últimas décadas: a indústria de preparação para emergências e desastres. O filme pergunta: como pode o estado estar disposto a se prevenir contra desastres naturais, mas reluta em reconhecer os desastres em câmera lenta que engendra? Selecionado para os festivais DOC NYC, SEFF – Seoul Eco e DC Environmental.

“Um Lugar Como Nenhum Outro” (“There’s No Place Like This Place, Anyplace”, Canadá, 2020, 75 min) – Lulu Wei

Registro pessoal da transformação de um icônico quarteirão de Toronto através das histórias de membros de sua comunidade, da qual fazem parte a diretora e sua namorada. Enquanto todos revisitam a história do bairro – indissociável da trajetória de cada um dos moradores –, eles não deixam de lutar por moradia acessível em meio à maior crise imobiliária que o país jamais viu. Vencedor do prêmio do público no Festival Hot Docs.

ECONOMIA

“A Nova Corporação” (“The New Corporation: The Unfortunately Necessary Sequel”, Canadá, 2020, 106 min) – Joel Bakan e Jennifer Abbott

O filme revela como a aquisição corporativa da sociedade está sendo justificada pelo astuto “rebranding” das corporações como entidades com consciência social. De reuniões de elites corporativas em Davos, às mudanças climáticas e desigualdade em espiral; a ascensão de líderes de ultradireita à covid-19 e a injustiça racial, a obra analisa o poder devastador das corporações. Contrariar isso é uma onda de resistência em todo o mundo, à medida que as pessoas vão às ruas em busca da justiça e do futuro do planeta. Vencedor do prêmio de melhor documentário canadense no Festival de Vancouver; selecionado para os festivais de Toronto e Planet in Focos.

“Jogo do Poder” (“Adults in the Room”, França/Grécia, 2019, 124 min) – Costa-Gavras

Baseado nas memórias do ex-ministro de finanças grego Yanis Varoufakis, é uma abordagem sobre a “agenda oculta” da Europa revelando o que realmente acontece em seus corredores de poder. Focaliza as razões para a crise na Grécia ter acontecido, e como foi travada uma das mais espetaculares e controversas batalhas na história política. Mas a verdadeira história do que aconteceu é quase inteiramente desconhecida, principalmente porque grande parte dos verdadeiros negócios da União Europeia ocorre a portas fechadas. Selecionado para o Festival de Roterdã.

“O Capital no Século XXI” (“Capital in the Twenty-First Century”, França/Nova Zelândia, 2019, 103 min) – Justin Pemberton e Thomas Piketty

Adaptado do livro homônimo de Thomas Piketty, uma das obras mais importantes dos últimos anos. Intercalando referências à cultura pop com intervenções dos mais influentes especialistas de nossa época, o filme propõe uma viagem através da história moderna de nossas sociedades. O documentário contrapõe a riqueza e o poder de um lado e, do outro, o progresso social e as desigualdades. Uma reflexão necessária para compreender o mundo de hoje. Selecionado para o Festival de Hamburgo.

“Oeconomia” (“Oeconomia”, Alemanha, 2020, 89 min) – Carmen Losmann

Camada por camada, o filme revela como as regras do jogo capitalista contemporâneo pré-condicionam sistematicamente o crescimento, os déficits e as concentrações de riqueza. Com particular perspicácia e rigor, o filme articula os aspectos mais flagrantes da economia capitalista tornados invisíveis pela cobertura predominante da mídia. Selecionado para os festivais de Berlim, IDFA-Amsterdã, Sheffield e CPH:DOX.

POVOS & LUGARES

“Até o Anoitecer” (“Then Comes The Evening”, Sérvia, 2019, 28 min) – Maja Novaković

A poesia amarga da vida cotidiana nas colinas isoladas do leste da Sérvia mostra o cuidado e a intimidade de duas mulheres idosas, tanto em suas relações mútuas quanto na relação com a natureza. **Vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no Festival de Innsbruck e no Festival de Documentários Full Frame (EUA); melhor filme no Festival de Lugano (Suíça); prêmio especial do júri no Festival Auteur de Belgrado e no Festival Cinema Vérité do Irã; prêmio do público no Festival Entrevues de Belfort (França); prêmio da crítica internacional no Festival FeKK de Liubliana (Eslovênia).

“Hálito Azul” (“Hálito Azul”, Portugal, 2018, 78 min) – Rodrigo Areias

Esmagada contra o oceano pela encosta de um vulcão, a vila de pescadores da Ribeira Quente, na ilha de São Miguel, nos Açores, vive os últimos dias de uma atividade pesqueira tal como a conhecem. Todos lutam por dias normais, enquanto a vida continua, mesmo com os peixes ficando escassos. Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Ismailia (Egito).

Com informações da assessoria de imprensa da Ecofalante.