"Sideral" (2021), de Carlos Segundo - Divulgação
"Sideral" (2021), de Carlos Segundo - Divulgação

Mesmo sem “Marte Um”, Brasil segue vivo no Oscar 2023

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou os filmes finalistas que concorrem a indicações em diversas categorias do Oscar 2023, entre elas a de Melhor Filme Internacional. A expectativa era grande para que “Marte Um” estivesse na lista, mas, infelizmente, a produção brasileira não se classificou.

Dirigido por Gabriel Martins e filmado em Belo Horizonte e Contagem, “Marte Um” acompanha o cotidiano de uma família, com seus sonhos e dificuldades. O pai quer que o filho caçula se torne um jogador de futebol profissional, porém, o garoto quer mesmo é ser astrofísico e ajudar a colonizar Marte. Confira nosso podcast sobre o filme.

“Marte Um” foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema para representar o país no Oscar. Apesar de ter ficado de fora da premiação, o longa sem dúvida tem uma trajetória vitoriosa. Produzido pela Filmes de Plástico, venceu prêmios importantes no Festival de Gramado, conquistou um enorme público nos cinemas brasileiros e terá distribuição internacional. Nos Estados Unidos, por exemplo, “Marte Um” será lançado pela distribuidora da cineasta Ava DuVernay (“A 13ª Emenda”), uma das diretoras mais respeitadas do cinema norte-americano.



Mas temos uma boa notícia também, porque, mesmo sem “Marte Um”, o Brasil segue vivo no Oscar 2023. É que o filme “Sideral” está entre os finalistas da categoria Melhor Curta-Metragem.

Curiosamente, “Sideral” tem um enredo que dialoga com “Marte Um”. O filme se passa em Natal, no Rio Grande do Norte, e acompanha uma família que mora perto de um centro espacial, de onde será lançado o primeiro foguete brasileiro tripulado.

A direção e o roteiro são do cineasta Carlos Segundo, que vem trilhando uma bem-sucedida carreira. Com “Sideral”, ele já havia sido premiado em vários festivais, em 2021. E com seu mais recente curta, “Big Bang”, ele venceu o Festival de Locarno e o Cine Ceará neste ano.

 

Além de “Sideral”, o Brasil também segue no Oscar 2023 com o documentário “O Território”. É uma coprodução com os Estados Unidos e a direção é do americano Alex Pritz, que acompanha a luta de uma jovem liderança indígena na Amazônia para defender a terra de seu povo da exploração do agronegócio. “O Território” venceu vários festivais, incluindo o de Sundance, e agora pode ser indicado ao Oscar de Melhor Documentário.

 

A Academia vai anunciar as indicações ao Oscar 2023 no dia 24 de janeiro.