“A Vida Invisível” vai representar o Brasil no Oscar 2020

"A Vida Invisível" (2019) - Foto: Bruno Machado/RT Features
"A Vida Invisível" (2019) - Foto: Bruno Machado/RT Features

“A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz (“O Céu de Suely”), é o filme escolhido para representar o Brasil no Oscar 2020. O anúncio foi feito hoje pela Academia Brasileira de Cinema, em coletiva de imprensa na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Os indicados à estatueta de Melhor Longa-Metragem Internacional serão conhecidos em 13 de janeiro.

O filme estreia primeiro nos cinemas do Nordeste, em 19 de setembro. O lançamento nas outras regiões do país será em 31 de outubro, com distribuição conjunta da Sony Pictures e RT Features. Primeiro longa brasileiro a vencer a mostra Un Certain Regard, no Festival_Cannes, o longa abre o Cine Ceará neste sábado, 30 de agosto.

“Decidimos antecipar o lançamento do filme no Nordeste, com o respaldo comercial das distribuidoras Sony Pictures e Vitrine Filmes, no Brasil, e da Amazon Studios, nos EUA, primeiro, porque o Karim é cearense, e também de modo a atender aos pré-requisitos da Academia para que o filme esteja qualificado a representar o Brasil no Oscar de 2020″, afirmou o produtor Rodrigo Teixeira, da RT Features, responsável pelo longa.



Veja o trailer:

Sétimo longa-metragem da carreira de Aïnouz, “A Vida Inivisível” é situado no Rio de Janeiro de 1950 e conta a história das irmãs inseparáveis Guida, que sonha em casar e ter uma família, e Eurídice, a mais nova, uma pianista prodígio. Um dia, as duas são separadas e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente. Elas são interpretadas por Julia Stockler e Carol Duarte. O elenco conta ainda com Fernanda Montenegro, Gregorio Duvivier, Maria Manoella, Bárbara Santos, Flavia Gusmão, Flavio Bauraqui, entre outros. Livre adaptação do romance homônimo de Martha Batalha, o filme, segundo Teixeira, “aborda um assunto urgente, sobre como o patriarcado pode ser tóxico na sociedade”.

Concorrência

Além de “A Vida Invisível”, os filmes inscritos para a seletiva do Oscar este ano foram: “A Última Abolição”, de Alice Gomes; “A Voz do Silêncio”, de André Ristum; “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles; “Bio”, de Carlos Gerbase; “Chorar de Rir”, de Toniko Melo; “Espero tua (Re)volta”, de Eliza Capai; “Humberto Mauro”, de André Di Mauro; “Legalidade”, de Zeca Brito; “Los Silencios”, de Beatriz Seigner; “Simonal”, de Leonardo Domingues; e “Sócrates”, de Alex Moratto.

A comissão responsável pela escolha foi presidida pela cineasta Anna Muylaert (“Que Horas Ela Volta”) e formada por Amir Labaki, Sara Silveira, David Shurmann, Ilda Santiago, Mikael de Albuquerque, Vania Catani, Walter Carvalho e Zelito Viana.

Havia grande expectativa de que “Bacurau” seria escolhido, já que também saiu vencedor do Festival de Cannes, com o Prêmio do Júri. Ao fazer o anúncio, Muylaert afirmou que a decisão da comissão por “A Vida Invisível” foi difícil. A cineasta ainda elogiou a “alta qualidade” das produções inscritas.