Supo Mungam Plus: filmes que estreiam em março

Lançada em dezembro de 2020, a Supo Mungam Plus é uma plataforma brasileira de streaming focada em cinema independente e autoral. A distribuidora Supo Mungam Films está por trás do serviço e alimenta o catálogo semanalmente com lançamentos e clássicos.

Em março, no mês da mulher, a plataforma traz 12 filmes, sendo 10 dirigidos por mulheres dos mais variados cantos do mundo. Entre os destaques, estão o longa italiano, inédito no Brasil, “Mãe + Mãe”, de Karole Di Tommaso, e a versão restaurada do premiado “O Piano”, de Jane Campion, vencedor de três prêmios no Oscar e da Palma de Ouro no Festival de Cannes (escute nosso podcast).

A Supo Mugam Plus ainda preparou um especial com a diretora Vera Chytilová, um dos maiores nomes do cinema tcheco. Toda semana será lançado um filme da cineasta, como a versão restaurada de “Saco de Pulgas” e o delicioso “As Pequenas Margaridas”.



"As Pequenas Margaridas" (Sedmikrásky, 1966), de Vera Chytilová - Divulgação
“As Pequenas Margaridas” (Sedmikrásky, 1966), de Vera Chytilová – Divulgação

Também vindo do cinema Tcheco estão confirmados dois títulos na plataforma, a versão restaurada da comédia “Os Amores de uma Loira”, de Milos Forman (“Um Estranho no Ninho”) e a animação “Revolução na Terra dos Brinquedos”, considerado “o primeiro ‘Toy Story'” e codirigido por Hermína Týrlová, uma das referências da era de ouro da animação tcheca. O curta aborda a revolta dos brinquedos contra um nazista

Outras estreias incluem dois clássicos franceses em versões restauradas prontos para serem redescobertos: “Olivia”, de Jacqueline Audry, sobre a despertar da paixão de uma jovem por sua professora, e “Refrigerante de Menta”, de Diane Kurys, sobre a vida de duas irmãs adolescentes nos anos 60.

Dois dramas completam a lista de lançamentos: o delicado “Minha Vida em Cor-de-Rosa”, de Alain Berliner, sobre uma menina transgênero; e “Minha Vida Sem Mim”, de Isabel Coixet e estrelado por Sarah Polley, sobre uma mãe com câncer terminal.

Confira abaixo a agenda de lançamentos do mês (esta página será atualizada à medida em que mais títulos forem anunciados):

5 de março

— Revolução na Terra dos Brinquedos (Tchecoslováquia, 1946, Animação), de Hermína Týrlová e Frantisek Sádek, com Eduard Linkers e Jindrich Láznicka. Durante a Segunda Guerra Mundial, um membro da Gestapo entra na oficina de um fabricante de brinquedos para prendê-lo. Frustrado com a fuga do artesão, o nazista passa a maltratar os brinquedos, que irão se revoltar contra ele, mostrando que a inventividade e a solidariedade são mais fortes do que a violência e a estupidez. Uma história de resistência. “O filme de animação é um comovente conto de fadas do século XX. Meu objetivo é trazer objetos à vida: brinquedos, fantoches ou qualquer objeto que rodeie as crianças. Acho que as crianças sentem necessidade de beleza, de sentimento e principalmente de alegria. E é isso que tento proporcionar a eles por meio de meus filmes.” — Hermína Týrlová (1900 – 1993)

— Olivia (França, 1951), de Jacqueline Audry, com Marie-Claire Olivia, Edwige Feuillère, Simone Simon, Yvonne de Bray e Suzanne Dehelly. O despertar das paixões de Olivia, uma adolescente inglesa enviada para uma escola de aperfeiçoamento na França, no final do século XIX. Inocente, porém, observadora, ela se apaixona por sua diretora, a fascinante Senhorita Julie, e através dessa tela de amor, vê a relação tensa entre Julie e a outra diretora, a Senhorita Cara. Indicado ao BAFTA de Melhor Atriz Internacional.

Saco de Pulgas (Tchecoslováquia, 1962), de Vera Chytilová, com Helga Cocková. A jovem Jana é admirada pelo seu espírito de luta contra o conformismo e a disciplina. Ela se rebela contra as regras rígidas do internato e da fábrica de trabalhadores socialistas. Mas os conflitos de Jana com a equipe e outras meninas têm consequências para todos. Seleção Oficial do Festival de Veneza.

12 de março

— Mãe + Mãe (Itália, 2019), de Karole Di Tommaso, com Linda Caridi, Maria Roveran, Andrea Tagliaferri, Silvia Gallerano, Stefano Sabelli e Anna Bellato. Karole e Ali se amam e sonham em ter uma criança e formar uma família juntas. Elas logo percebem que não será tão simples quanto esperavam e, à medida que o entusiasmo diminui, o amor delas é desafiado. Para superar os obstáculos, elas devem acreditar na força de seu desejo e no apoio de seus entes queridos. Se elas puderem fazer isso, milagres acontecerão. Baseado na história de amor da vida real da diretora Karole Di Tommaso. Seleção Oficial do Festival de Roma.

— Os Amores de uma Loira (Tchecoslováquia, 1965), de Milos Forman, com Hana Brejchová, Vladimír Pucholt, Vladimír Mensík, Milada Jezková, Jana Novaková e Marie Salacová Andula, uma inocente garota tcheca de uma cidade industrial, está em uma busca desesperada pelo amor. Ela acredita que o encontrou quando conhece Milda, um jovem e encantador musicista de Praga. Ele, no entanto, está apenas procurando um encontro casual e deixa a cidade presumindo que nunca mais verá Andula novamente. Mas quando ela não tem notícias dele, Andula faz as malas e segue para Praga, para a surpresa de Milda e seus pais. Indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Filme Internacional. Seleção Oficial do Festival de Veneza. Um clássico da Nouvelle Vague Tcheca.

Algo Diferente (Tchecoslováquia, 1963), de Vera Chytilová, com Eva Bosáková, Vera Uzelacová, Josef Langmiler, Jirí Kodet, Milivoj Uzelac Jr. e Miroslava Matlochová. Duas histórias paralelas. A primeira segue a ginasta campeã olímpica Eva Bosáková, que pensa em se aposentar enquanto passa por uma rotina de treinamento exaustiva; a segunda, segue a rotina de uma dona de casa, ignorada pelo marido. Primeiro longa-metragem de Vera Chytilová.

19 de março

— Minha Vida em Cor-de-Rosa (Bélgica, França, 1997), de Alain Berliner, com Georges Du Fresne, Michèle Laroque, Jean-Philippe Écoffey, Hélène Vincent, Marie Bunel e Daniel Hanssens. Ludovic é uma criança que é vista pela família e comunidade como um menino, mas que se identifica como menina. Ela fala em se casar com o filho do vizinho e não consegue entender por que todos ficam surpresos com isso. A comunidade local não consegue aceitar a felicidade, os desejos e a identidade de Ludo, e isso gera problemas para a garota e sua família. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Internacional.

— Refrigerante de Menta (França, 1977), , de Diane Kurys, com Eléonore Klarwein, Odile Michel, Anouk Ferjac, Michel Puterflam, Yves Rénier e Robert Rimbaud. Setembro de 1963, início do ano letivo. Anne tem 13 anos e sua irmã Frédérique tem 15. Elas sonham com a liberdade e suas vidas, assim como o mundo ao redor delas, estão em pleno andamento. Entre uma mãe oprimida, um pai desajeitado, os primeiros flertes e o próximo boom, Anne secretamente veste meia-calça e tira notas ruins, enquanto Frédérique descobre a política e as primeiras paixões. Em torno delas, professores severos ou histéricos. Estamos na década de 60, mas a adolescência é eterna e os adultos definitivamente nunca a entendem. Vencedor do Prêmio Louis Delluc.

As Pequenas Margaridas (Tchecoslováquia, 1966), de Vera Chytilová, com Jitka Cerhová, Ivana Karbanová, Marie Cesková, Jan Klusák, Marcela Brezinová e Jirina Myskova. Como o mundo está corrompido, duas adolescentes, ambas chamadas Marie, decidem embarcar em uma série de brincadeiras destrutivas nas quais consomem e destroem o que está ao redor delas. Um clássico do cinema tcheco e mundial.

26 de março

— O Piano (Nova Zelândia, Austrália, 1993), de Jane Campion, com Holly Hunter, Anna Paquin, Harvey Keitel e Sam Neil. Em meados do século 19, Ada McGrath, uma mulher muda, é enviada para a Nova Zelândia, junto com sua filha, para um casamento arranjado com um rico proprietário de terras. De todos os seus pertences, seu novo marido se recusa a transportar seu piano, então ele fica abandonado na praia. Incapaz de suportar a ideia da destruição certa do instrumento, Ada faz um acordo com seu vizinho George Baines, um trabalhador local, no qual ela o ensinará a tocar piano. Mas isso levará a conflitos que irão alterar suas vidas. Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes e de 3 prêmios no Oscar: Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Roteiro Original. Eleito o Melhor Filme dirigido por mulher de todos os tempos, em votação promovida pela BBC.

— Minha Vida Sem Mim (Canadá, Espanha, 2003), de Isabel Coixet, com Sarah Polley, Mark Ruffalo, Amanda Plummer, Scott Speedman, Leonor Watling e Maria de Medeiros. Ann é uma jovem trabalhadora, mãe de duas filhas pequenas e seu marido está desempregado. Sua vida muda drasticamente quando ela descobre estar com câncer terminal. Decidida a não contar para ninguém sobre a doença, Ann cria uma lista de coisas que deseja fazer antes de morrer, incluindo viver uma paixão que nunca teve antes.Seleção Oficial do Festival de Berlim e vencedor do Goya de Melhor Roteiro Adaptado.

— Fruto do Paraíso (Tchecoslováquia, 1970), de Vera Chytilová, com Jitka Nováková, Karel Novak e Jan Schmid. A jovem Eva está obcecada por um homem de vermelho. Ela não sabe quem é, o que ele faz ou se é perigoso. Certo dia, Eva e seu namorado estão em um spa surrealista, onde deparam-se com a Tentação. Uma releitura original da história de Adão e Eva, que progride para uma representação alegórica da perda da inocência. Seleção Oficial do Festival de Cannes.

Com informações da assessoria de imprensa da Supo Mungam Films.