Matula Film Festival une cinema e gastronomia online

De 13 a 16 de maio acontece o primeiro Festival de Cinema e Comida de Minas Gerais, o Matula Film Festival. No palavreado da roça, “matula” significa merenda embalada para viagem. É a comida embrulhada em afeto, em histórias, em saberes e, agora, em cultura cinematográfica.

Durante o festival, organizado pela Le Petit (responsável pela tradicional mostra de cinema Curta Circuito), serão exibidas 12 produções, entre curtas e longas-metragens, com espaço para filmes e documentários nacionais e estrangeiros. Dos títulos internacionais, três são inéditos no Brasil, e um curta mineiro fará sua pré-estreia.

A programação é inteiramente gratuita e será transmitida no formato online, pelo site oficial do festival. Para deixar tudo mais apetitoso, o festival oferece sugestões de combinações de comidinhas para saborear enquanto assiste à programação com toda a segurança que o momento exige.



 

Filmes

De quinta (13) a domingo (16), o festival exibirá quatro longas-metragens, sendo um por dia. A começar por “Sembradoras de Vida”, que estreou no 69º Festival de Cinema de Berlim e será exibido pela primeira vez no Brasil. O documentário peruano, de 2019, acompanha cinco mulheres das montanhas andinas em suas lutas diárias para manter a tradição de trabalho nas plantações orgânicas da região.

Indicado pela Grécia para o Oscar 2020, “Tomates, Molho e Wagner” também está no cardápio do Matula, assim como os documentários brasileiros “Walachai” e “O Mineiro e o Queijo”, este último dirigido por Helvécio Ratton.

Já os curtas são oito, com duas exibições por dia. O ítalo-canadense “Distance – Stories About Food” e o estadunidense “Gefilte” serão exibidos em nosso país pela primeira vez. Os brasileiros “O Branco da Raiz”, “O Mestre da Farinha”, “Açaí” e “Receita de Caranguejo” prometem gerar reflexões a respeito de nossa riquíssima biodiversidade e de nossas centenárias tradições.

No domingo, dia em que o festival se encerra, ocorre a mostra “Raízes Mineiras”, com duas exibições de curtas metragens: “Pão de Queijo da Romilda”, de Helvécio Ratton, e “A Dona do Tacho”, de Marcelo Wanderley, que faz sua pré-estreia justamente no Matula, contando a história de dona Nelsa Trombino, um ícone da gastronomia mineira, conhecida por seu trabalho à frente do premiado restaurante Xapuri.

Atividades

Além das obras cinematográficas, haverá espaço para oficinas, palestras e mesas de debate, com as participações de cozinheiros profissionais, jornalistas e especialistas em gastronomia, que irão colocar a mão na massa e conversar a respeito dos temas abordados.

Quem encabeça a curadoria do Matula Film Festival é o crítico gastronômico e de cinema Guilherme Lobão. Ele afirma que, conceitualmente, o desenho curatorial quis desafiar o conceito do gourmet na esfera cinematográfica. “Parti muito do próprio significado da matula para garimpar filmes que primeiramente colocassem a comida em relação direta e orgânica com o nosso dia a dia e na relação com o agricultor, com a tradição e a cultura”, explica.

Guilherme Lobão também participa como mediador de alguns dos ciclos de palestras e de debates temáticos que acontecem diariamente, de 13 a 16 de maio.

As transmissões das oficinas, dos ciclos de debates e de palestras acontecem gratuitamente pelo site oficial do festival e também pelo YouTube.

Com informações da assessoria de imprensa do festival.