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O visual está fantástico, em todos os sentidos da palavra, mas parece um tanto extravagante a princípio, muito colorido. No que diz respeito aos personagens criados via motion-capture, existe um leve avanço em relação ao que Robert Zemeckis já vem fazendo há meia década (em “O Expresso Polar”, “A Lenda de Beowulf” e, este ano, em “Os Fantasmas de Scrooge”).
Como são seres extraterrestres, eles impressionam por não termos uma referência comparativa. Mesmo assim, não me foge da cabeça uma associação com essas primeiras imagens: é “Star Wars” na Ilha da Caveira de “King Kong”, do Peter Jackson.
De qualquer forma, em 3-D pode ser outra história, sem falar que o enredo é intrigante e tem potencial de alimentar mais o pensamento do que os olhos: um soldado que não pode andar, que ganha a chance de voltar à ação em outro corpo (seu “avatar”). Mas será que a guerra em outro planeta (outro avatar) é diferente daquelas que ocorreram na Terra? O filme estreia em dezembro, também no Brasil.
Editor-chefe e criador do Cinematório. Jornalista profissional, mestre em Cinema pela Escola de Belas Artes da UFMG e crítico filiado à Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) e à Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema). Também integra a equipe de Jornalismo da Rádio Inconfidência, onde apresenta semanalmente o programa Cinefonia. Votante internacional do Globo de Ouro.