Este episódio é dividido em duas partes. Na primeira, nós conversamos sobre a ficção científica "A Chegada" (Arrival, 2016), de Dennis Villeneuve, com o jornalista Antônio Tinôco. Em uma conversa com spoilers, a gente falou sobre vários aspectos do filme, outras obras com as quais ele dialoga e também sobre a carreira de seu diretor.Na segunda parte, nós comentamos -- também com spoilers -- a recente minissérie "11.22.63", produzida por J.J. Abrams e Stephen King e adaptada do livro homônimo do próprio King, que fala sobre uma inusitada tentativa de impedir o assassinato de John F. Kennedy por meio de uma viagem no tempo.O texto que abre o programa é um diálogo do filme "Contato" (Contact, 1997), dirigido por Robert Zemeckis e baseado no romance escrito por Carl Sagan.

    cinematório café #5: Sinais do Tempo

    Renato Silveira·

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    Este episódio é dividido em duas partes. Na primeira, nós conversamos sobre a ficção científica “A Chegada” (Arrival, 2016), de Denis Villeneuve, com o jornalista Antônio Tinôco. Em uma conversa com spoilers, a gente falou sobre vários aspectos do filme estrelado por Amy Adams, outras obras com as quais ele dialoga e também sobre a carreira de seu diretor, novo “queridinho” de Hollywood.

    Na segunda parte, nós comentamos — também com spoilers — a recente minissérie do canal AMC “11.22.63”, produzida por J.J. Abrams e Stephen King e adaptada do livro homônimo do próprio King, que fala sobre uma inusitada tentativa de impedir o assassinato de John F. Kennedy por meio de uma viagem no tempo. James Franco é o ator principal.

    O texto que abre o programa é um diálogo do filme “Contato” (Contact, 1997), dirigido por Robert Zemeckis e baseado no romance escrito por Carl Sagan.

    O cinematório café é um podcast produzido e apresentado por Renato Silveira e Raquel Gomes. A cada episódio, nós propomos um debate em torno de temas relacionados ao cinema e às suas áreas correlatas, sempre em um clima de descontração, mas buscando, acima de tudo, reflexões sobre imagens que estão presentes no nosso dia a dia.

    A edição e a mixagem de som são do Eduardo Garcia.

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    Hyperlinks deste episódio:

    — Sobre extraterrestres:

    — Sobre linguística:

    — Sobre “A Chegada”:

    • Trailer legendado:

    • Faixa da trilha sonora original, composta por Jóhann Jóhannsson:

    • Arrival Movie’s Language: Talking in Circles (sem legendas):

    • Arrival Movie’s “Dirty Sci-Fi”: Remixing the Genre (sem legendas):

    — Sobre “11.22.63”:

    • Trailer legendado:

    • O que inspirou Stephen King a escrever “11.22.63” (sem legendas):

    • Matthew McCounaghey reage ao final de “11.22.63”:

    — Compre os livros citados nesta edição:

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    11 Responses

    1. Genial! Para mim foi a melhor do gênero!! Os filmes de ficção são os meus preferidos, mas A Chegada se tornou no meu filme preferido. Sua historia é muito fácil de entender e os atores podem transmitir todas as suas emoções, é muito interessante. Eu recomendo muito e estou segura de que se converterá numa das minhas preferidas.

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    2. Olás,
      Queria tecer alguns comentários sobre A Chegada, pois é um filme que me tocou muito, por vários motivos: a questão da maternidade, o modo como ele trabalha o tempo, a abordagem da ficção científica através da linguagem, além de ser um filme visualmente muito bonito e de ter uma montagem que me agrada demais.
      Sobre a questão de a Louise saber o que acontece com a filha e não fazer nada para mudar… Faz tempo que assisti ao filme, mas tenho a impressão de que ela fala sobre isso bem sutilmente. Ela diz que o marido se separou porque ele não conseguiu entender/aceitar uma escolha ela fez (no caso, ela escolheu ter uma filha com ele que ela sabia que ia morrer muito cedo, e nem o avisou antes). Mas eu me coloco no lugar dela: eu tenho um filho, eu conheço e amo ele, e ele acaba morrendo ainda muito jovem. Se eu soubesse desse futuro horrível, eu não mudaria nada também. Pq eu já conheço ele, eu não quero que ele nunca tenha existido. Uma coisa é vc decidir não ter um filho hipotético, que não nasceu, por saber que ele vai ter uma vida breve demais, outra é vc CONHECER esse filho e decidir que ele nunca tenha existido. Não dá. Eu não consigo me imaginar tomando uma decisão diferente da dela. E ela vê o tempo de uma forma ampla, de modo que ela já sente amor por essa filha, ela já conhece essa filha; como ela vai decidir não tê-la? Agora, se ela conta para o Ian antes, ele não ia querer ter essa filha, porque para ele ainda é uma filha hipotética, ele não a conhece, não a ama, para ele, ela já não existe. Então, contar para ele já seria escolher não ter a filha e, como eu disse, ela não consegue fazer isso.
      Eu lembro de ter pensado mais coisas para comentar conforme ouvia o podcast, mas não me lembro mais o que era. Enfim, finalmente meu comentário vai ser relativamente breve, rs.
      Ah, achei perfeito vcs decidirem por ter spoilers, a análise do filme fica mais profunda.
      Abraços!

      Responder

      1. Obrigado pelo comentário, Tha! Como de hábito, observações pertinentes! Estou doido para voltar ao filme. Ainda não comprei o Blu-ray, mas assim que eu fizer isso certamente verei de novo, possivelmente com um olhar mais atento. Abraço!

        Responder

      2. Ah, super concordo com você sobre essa questão da filha! Tem um tempo que gravamos, mas acho que eu comento que faria a mesma coisa que a personagem se eu fosse ela. A existência dessa filha e desse amor justifica essa decisão. Até porque ela pode ter tido uma vida breve, mas mesmo assim faz diferença, né? E acho importante também pensar nessa filha como individuo, então que não seja negado a ela o direito de nascer. Abraçooooo

        Responder

    3. Eu finalmente tive a possibilidade de ver o filme “A Chegada” ainda aqui da terra dos desempregados e fiquei muito sensibilizado com ele. Como vocês falaram, ele estabelece uma relação com vários outros filmes de ficção científica, mas sem dúvida nenhuma as mais fortes são com “O Dia Que a Terra Parou” (desculpe Renato, eu só vi a porcaria da refilmagem) e “Contato”, uma das minhas ficções científicas preferidas. Acho que o clímax sugere que aquilo que pensávamos no início como passado na verdade é futuro mesmo, que a Louise sabia que teria uma filha que morreria de câncer, mas que mesmo assim abraçou a vida e foi abandonada pelo marido, o Ian. Confesso que mesmo assim, depois de tê-lo visto, tentei resgatar memórias do filme para preencher uma linha narrativa em que ela tinha perdido uma filha, mas tido outra com o Ian e viveram felizes para sempre, mas acho que é justamente sobre isso que o filme trata. A aceitação da dor, da perda, até em função de um bem maior, no caso. E a parábola do roteiro permite que a gente busque uma solução que melhor nos conforte. Muito bom voltá-los a ouvir novamente, depois de tanto tempo… abraço, Thiago.

      Responder

      1. Obrigado pelo comentário, Thiago! Acabou que não consegui rever “A Chegada” desde a gravação do podcast, mas certamente voltarei ao filme para perceber com mais calmas essas fruições narrativas relativas ao tempo e à aceitação. E pena a Amy Adams não ter sido indicada ao Oscar, né? Abraço!

        Responder

      2. Adorei seu comentário, Thiago! “A Chegada” me tocou mto por isso. Essa aceitação da dor por algo maior ou ainda enxergar a beleza, o amor e a importância de uma existência ainda que haja sofrimento e diculdades enfrentadas. Grande abraço!

        Responder

    4. Fala Renato e Raquel… blz?
      Ótima escolha de fazer um programa com spoilers. Acho que a análise sem spoiler fica muito presa, tanto que análise que fiz do filme no meu site, o dividi em 2 partes.

      Quanto ao número 12, trate-se de um número que representa inteireza, totalidade, finalização de um clico. A Bíblia usa muito o número 12 como representação de totalidade, e nós também com 12 horas dia/noite, 12 meses, e no filme entendi 12 como totalidade da humanidade, afinal eles não estavam falando com apenas 12 nações e sim TODAS as nações.

      Forte abraço!

      Responder

      1. Oi, Fernando! O próprio público escolheu que deveríamos falar com spoilers numa enquete que fizemos no Twitter. E, olha, eu estava torcendo por esse resultado mesmo. Porque a discussão pode ser ampliada, nós ficamos mais à vontade… Só vejo vantagens. Sobre o número 12, suspeitei desde o princípio que ele não era aleatório e agora com sua informação (e interpretação), faz todo sentido. Obrigada por compartilhar! Abração!

        Responder

    5. Nem acreditei quando li o título do podcast dessa semana. Desejo realizado!
      Gostei muito do filme e assim como a Raquel, ficção científica é meu gênero mais querido justamente pelas discussões a cerca do ser humano como raça, seus comportamentos e questões e pela força visual. Afinal sou designer gráfico.
      Vocês não citaram e acho que pode muita abstração minha mas A Chegada me lembrou muito a Árvore da Vida. A estrutura nada óbvia do roteiro, a não-linearidade, a maneira como o ser humano lida com a perda e porque não, o otimismo fazem um pararelo muito interessantes apesar de serem visões diferentes. Fiz a ligação entre os dois longas automaticamente já nos minutos iniciais da projeção. Será que é viagem demais?
      Enfim, notei que na sala de cinema muitos não compreenderam a poética do filme e sentiram falta de um final mais conclusivo ou óbvio (?).
      Muito bom o programa e posso dizer que tinha muita gente com saudades do Tinoco.
      Abraço a todos e até semana que vem.

      Responder

      1. Marina, nossas energias estão em sintonia =). Sobre a relação que você faz com “A Árvore da Vida”, não é nem um pouco viagem sua. Eu concordo com os paralelos que você cita e também vejo similaridades visuais com o estilo Terrence Malick de fazer cinema, principalmente nas cenas em que a Louise (Amy Adams) está com a filha. Aqui no post do podcast colocamos o link para um artigo sobre “A Chegada” do site Fandor e o Chuck Bowen, autor do artigo, também cita Malick, entre outros. Fico muito feliz que esteja gostando do programa e por vir aqui comentar. Obrigada, viu? Beijo e até semana que vem!

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