Cinematorioteca: Mães cinematográficas

Este ano, o Dia das Mães é completamente atípico. E na nossa Cinematorioteca, relembramos algumas mães cinematográficas que se destacam. Já conhece todas elas?

Maddalena Cecconi, interpretada pela lendária Anna Magnani em “Belíssima” (1951)



Clássico de Luchino Visconti. Na Itália após a 2ª Guerra Mundial, Madallena é batalhadora e sonha com melhores condições de vida, preocupada especialmente com o futuro de sua filha que tanto ama, Maria (Tina Apicella). Quando em sua cidade acontecem audições que procuram por um menina para atuar em um filme, ela inscreve Maria e se enche de esperanças. Projetando seus próprios desejos, ilusões e fascínio pela fama, ela faz de tudo para que Maria dê certo como estrela de cinema.

 

Shmi Skywalker, interpretada por Pernilla August em “Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma” (1999) 

Nada mais, nada menos do que a mãe de Darth Vader. Shmi sobreviveu à vida de escrava e morou em Tatooine com seu filho, Anakin (Jake Lloyd), até eles serem separados quando ela o entrega a Qui-Gon Jinn (Liam Neeson) para ser treinado como Jedi. A distância entre mãe e filho acaba sendo um ponto-chave na jornada do maior vilão da cultura pop. E já que estamos aqui, não podemos deixar de pelo menos citar Padmé Amidala, interpretada por Natalie Portman, que afinal de contas é mãe de Luke e Leia. E a própria Leia, da nossa amada Carrie Fisher, que é a mãe de Ben Solo/Kylo Ren (Adam Driver) na terceira trilogia. 

 

Manuela, interpretada por Cecília Roth em “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999)

Considerado um dos melhores trabalhos de Pedro Almodóvar, o longa gira em torno de Manuela, uma mãe solteira que perde o único filho em um acidente quando ele tentava conseguir um autógrafo de sua atriz favorita. Ela inicia uma amizade com a atriz, papel de Marisa Paredes, e ainda conhece uma freira que está grávida, personagem de Penélope Cruz, e a mulher trans Agrado (Antônia San Juan). É a relação entre essas mulheres que dá a tônica emotiva da narrativa. Almodóvar dedicou o filme não apenas à sua mãe, mas também àquelas que possivelmente são suas mães cinematográficas: as atrizes Bette Davis, Romy Schneider e Gena Rowlands.

Zuzu Angel, interpretada por Patricia Pillar em “Zuzu Angel” (2006)

Dirigido por Sergio Rezende, o filme é baseado na história verídica da mineira Zuleika Angel Jones, a Zuzu Angel. Uma das mais importantes estilistas da história da moda no país que, incansavelmente, procurou por informações sobre o desaparecimento e reivindicou o direito de sepultar o corpo de seu filho Stuart Edgar Angel Jones, militante que foi torturado e assassinado pelo regime militar. Ela passou a denunciar a repressão e a violência da ditadura e usava a moda como instrumento de expressão dessa luta. Morreu em 1976, em um acidente de carro “suspeito”. 

Juno, interpretada por Ellen Page em “Juno” (2007)

Com direção de Jason Reitman e roteiro de Diablo Cody, o filme aborda a gravidez na adolescência por meio de personagens honestos e narrativa sensível e de humor inteligente. Juno MacGuff tem apenas 16 anos e está grávida de Paulie Bleeker (Michael Cera), um grande amigo com quem transou apenas uma vez. Junto de amiga Leah (Olivia Thirlby), ela passa a procurar um casal a qual possa entregar seu bebê para adoção.

Mamãe Racer, interpretada por Susan Sarandon em “Speed Racer” (2008)

Dirigido por Lana e Lilly Wachowski (que construíram um visual incrível e inovador), o longa é baseado no desenho animado de mesmo nome, criado nos anos 60 pelo cartunista japonês Tatsuo Yoshida. A história é sobre um jovem piloto, Speed Racer, que deseja ser o campeão do mundo das corridas com seu automóvel Mach 5 de alta tecnologia. Claro que para isso a ajuda da família, incluindo a super mamãe Racer, é essencial. 

Eva Khatchadourian, interpretada por em Tilda Swinton em “Precisamos Falar Sobre o Kevin” (2011)

Da diretora Lynne Ramsay,  o filme aborda maternidade de uma maneira bastante peculiar, abraçando horrores e tensões. Eva não desejava ser mãe, mas luta para amar seu filho Kevin (Ezra Miller), que desde criança apresenta comportamentos muito estranhos. Com o passar do tempo, ele diz e faz coisas cada vez mais perigosas e a relação entre eles fica ainda pior. Não há entendimento, a família não encontra soluções e pesa em Eva uma grande culpa, principalmente depois que Kevin comete o ato mais abominável.

Maria José Novais Oliveira, a Dona Zezé, em “Ela Volta na Quinta” (2015)

André Novais Oliveira, o diretor, com toda sua sensibilidade e estilo únicos, constrói uma bela crônica familiar trazendo a própria mãe, o pai e o irmão em cena. O casal Norberto e Maria José vive há 35 anos juntos na cidade de Contagem, Minas Gerais. O relacionamento dos dois encontra-se desgastado e passa por uma crise. Ela, mesmo com problemas de saúde, resolve fazer uma viagem para Aparecida do Norte, como forma de pensar em uma solução.

Gwen, interpretada por Jacqueline Kim em “Advantageous” (2015)

Uma ficção científica feminista, premiada no Festival de Sundance e dirigida por Jennifer Phang, que também escreveu o roteiro ao lado de Jacqueline Kim. A história se passa em 2041, a mãe tenta garantir o padrão de vida e o futuro de sua filha (Samantha Kim) em meio a sérias dificuldades econômicas. Além de maternidade solo e desemprego, aborda questões relacionadas ao controle de corpos de mulheres, padrões de beleza e outras pressões sociais.

 

Rose Maxson, interpretada por Viola Davis em “Um Limite Entre Nós” (2016)

O filme, adaptação da peça homônima de  August Wilson, é dirigido por Denzel Washington que também faz o papel de Troy Maxson, marido de Rose. Ambos vivem com Cory (Jovan Adepo), o filho adolescente, e a família enfrenta desafios internos e externos nos anos 1950, principalmente os decorrentes do racismo estrutural. Para Rose ainda há os enfrentamentos em relação ao machismo. Por este filme, Viola Davis ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante.

 

Participe você também desta lista e deixe a sua dica de filme nos comentários abaixo!