"Cidade; Campo" (2024), de Juliana Rojas - © Cris Lyra/Dezenove Som e Imagens
"Cidade; Campo" (2024), de Juliana Rojas - © Cris Lyra/Dezenove Som e Imagens

Cinema brasileiro no Festival de Berlim 2024: Novo filme de Juliana Rojas é destaque

O cinema brasileiro mais uma vez marca presença no Festival de Berlim, que em 2024 acontece de 15 a 25 de fevereiro, na capital alemã. “Cidade; Campo”, mais recente longa-metragem de Juliana Rojas (“As Boas Maneiras”), é um dos destaques da 74ª edição do evento.

Rodado na cidade de São Paulo e na zona rural do Mato Grosso do Sul, o filme fala sobre a migração entre o meio urbano e o rural. A narrativa é dividida em duas histórias. Na primeira, uma trabalhadora rural migra para a capital paulista, após o rompimento de uma barragem de dejetos de mineração inundar sua cidade natal.

Já no segundo enredo, duas mulheres se mudam para a fazenda que uma delas herdou, em busca de uma nova oportunidade de vida no campo. O elenco principal do longa é formado pelas atrizes Fernanda Vianna, do Grupo Galpão, Mirella Façanha e Bruna Linzmeyer.



No Festival de Berlim, “Cidade; Campo” participa da mostra Encontros, concebida para fomentar trabalhos ousados de cineastas independentes e inovadores. A produção brasileira concorre aos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção e Prêmio Especial do Júri. A primeira exibição está programada para segunda-feira, 19 de fevereiro.

O cinema brasileiro também está representado na seleção oficial do Festival de Berlim 2024 pelo longa-metragem “Betânia”, de Marcelo Botta, que participa da mostra Panorama, além dos curtas “Quebrante”, dirigido pela paulista Janaína Wagner (na mostra Forum Expanded), e “Lapso”, realizado pela mineira Caroline Cavalcanti (na mostra Generation 14plus).

"Betânia" (2024), de Marcelo Botta - © Felipe Larozza/Salvatore Filmes
“Betânia” (2024), de Marcelo Botta – © Felipe Larozza/Salvatore Filmes

Além do prêmio principal da Panorama, escolhido pelo voto do público, “Betânia” também concorre ao prêmio Teddy, concedido a filmes de toda a Berlinale que trabalham temática LGBTQIAPN+.

Rodado nos Lençóis Maranhenses, o longa traz como protagonista a parteira Betânia (Diana Mattos), nascida numa região também chamada Betânia e repleta de histórias e memórias. A perda de seu marido transforma sua vida, e após deixar a aldeia onde mora, vai viver perto das dunas, onde pretende reçomecar sua vida.

A primeira exibição de “Betânia” no festival será no domingo, 18 de fevereiro.