Tudo Pelo Poder

tudopelopoder01

“Tudo Pelo Poder” é o quarto filme de George Clooney como diretor. Assim como no mais elogiado de seus trabalhos como cineasta até agora, “Boa Noite e Boa Sorte”, ele novamente volta a falar de política e mídia.

O longa funciona meio como um “beabá” do cenário político, principalmente o norte-americano: acompanhamos os bastidores das eleições primárias do partido Democrata para a corrida à Casa Branca. Clooney interpreta um dos candidatos à presidente, mas não é o protagonista. O personagem principal é seu assessor, interpretado pelo igualmente talentoso Ryan Gosling.



Ao concentrar o ponto de vista da trama no colega, Clooney consegue desenvolver todas as outras facetas dos bastidores da política: as manipulações por trás dos apoios de autoridades para a campanha; as tentativas dos candidatos em derrubar os adversários; a falta de escrúpulos de jornalistas atrás de um furo; e, claro, o surgimento de um escândalo que, como todos sabem, pode ser fatal para qualquer pessoa que almeje um cargo no governo dos Estados Unidos ou de qualquer outro país.

Mais uma vez demonstrando sobriedade e segurança no comando da câmera, Clooney ainda é inteligente ao manter seu personagem como coadjuvante, assumindo o papel de marionete do jogo político. “Tudo Pelo Poder” é por demais didático, é verdade, e não fala nada que você provavelmente já não saiba. Ainda assim é um filme bem construído, com um grande tema e uma trama intrigante, que sem dúvidas vale a pena ser conferido. ■