"Ela Disse" (She Said, 2022), de Maria Schrader - Foto: Universal Pictures/Divulgação
Foto: Universal Pictures/Divulgação

“Ela Disse”: Um ótimo thriller jornalístico sobre o início do #MeToo

Dirigido com sobriedade e precisão por Maria Schrader, “Ela Disse” sai do mero drama biográfico para se tornar um thriller jornalístico que revela os bastidores da reportagem que ajudou a impulsionar o movimento #MeToo. As atrizes Carey Mulligan e Zoe Kazan interpretam as repórteres Megan Twohey e Jodi Kantor, que deram voz às mulheres que sofreram assédio, abuso e violência sexual do poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein. O filme acompanha o trabalho das jornalistas desde a apuração até a publicação da histórica reportagem, ressaltando todos os cuidados que elas tomaram para conseguir os depoimentos das vítimas e de ex-funcionários que decidiram denunciar os crimes cometidos por Weinstein, um verdadeiro predador e símbolo de um sistema machista e opressor que existe em diversas esferas da nossa sociedade.

Crítica do filme por Renato Silveira e Kel Gomes, editores do cinematório. Veja ou escute:



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Cineclube Cinematório

ELA DISSE (She Said, 2022, EUA)

Sinopse: As repórteres do jornal New York Times Megan Twohey e Jodi Kantor publicaram juntas uma das matérias mais importantes de toda uma geração: a história que ajudou a lançar o movimento #Metoo, quebrou décadas de silêncio sobre o tema do abuso sexual em Hollywood e transformou a cultura norte-americana para sempre.

Elenco: Carey Mulligan, Zoe Kazan, Patricia Clarkson, Andre Braugher, Jennifer Ehle, Samantha Morton, Ashley Judd

Direção: Maria Schrader

Roteiro: Rebecca Lenkiewicz (baseado no livro “Ela Disse: Os Bastidores da Reportagem que Impulsionou o #MeToo”, escrito por Megan Twohey e Jodi Kantor)

Produção: Brad Pitt, Dede Gardner, Jeremy Kleiner, Megan Ellison, Sue Naegle

Fotografia: Natasha Braier

Montagem: Hansjörg Weißbrich

Música: Nicholas Britell

Duração: 2 h 9 min

Distribuição: Universal Pictures

Nota:

Quer mandar um e-mail? Escreva para contato@cinematorio.com.br

Segundo longa-metragem dirigido por Olivia Wilde, “Não Se Preocupe, Querida” é uma distopia sci-fi com um mistério envolvente e imagens muito bem trabalhadas. No entanto, as fofocas sobre supostas brigas nos bastidores ofuscaram o que há de melhor no filme. Florence Pugh, em uma ótima atuação, interpreta Alice, uma jovem dona de casa que acredita ter uma vida perfeita em um típico subúrbio estadunidense dos anos 1950. Até que certo dia, ela começa a ter estranhas visões e passa a desconfiar de algo está errado com aquele lugar. Com roteiro de Katie Silberman (com quem Wilde já havia trabalhado na bem-sucedida comédia adolescente “Fora de Série”), “Não Se Preocupe, Querida” sofre um pouco com a perda de ritmo e com a atuação limitada de Harry Styles no papel do marido de Alice. Porém, o filme tem mais qualidades do que problemas e se sai bem na sua mensagem anti-patriarcal.